domingo, 7 de março de 2010

[Especial dia das mulheres Pt 4] - A mestre do jogo

:Especial:
Dia internacional da Mulher (que gosta de games)
Parte4

  A mestre do jogo  


Em busca de melhores oportunidades, Náira Francine, de 22 anos, natural de Belo Horizonte, trancou o curso de jornalismo e veio morar em São Paulo. Logo que desembarcou na capital paulista, conseguiu emprego na Gamemaxx, empresa responsável pelos Massive Multiplayer On-line Games (MMOGs) que “Hello Kitty online” e “Cabal online” no Brasil. Lá, ela trabalha como uma “game master” do game da famosa gatinha.

“O game master trabalha como um policial dentro do jogo”, conta Náira. “Ele monitora o game para não deixar o jogador agir de forma errada, ofendendo outras pessoas, falando palavrão, ou se há algum problema dentro do jogo para comunicar ao pessoal da empresa para corrigir”. Ela conta que é um trabalho que exige ter bastante paciência e, por conta disso, a mulher pode se "dar bem". “As mulheres sabem escutar melhor o jogador, se preocupam em saber o que tem de novo no jogo”, explica. “É preciso mostrar ao player que, se ele continuar com as ofensas, ele poderá ser banido do jogo”.

Náira conta que sempre gostou muito de games. “Em casa, jogo desde ‘Hello Kitty online’ até o MMORPG ‘World of warcraft’. Além disso, gosto de experimentar tudo o que é jogo que aparece de novo”. Em seu trabalho, as pessoas acreditam que ela passa os dias jogando videogame. “Há certa fantasia por trabalhar com jogos, acham que ganhamos bem e que trabalhamos de casa”, comenta. “Isso não é verdade. Temos horários a cumprir, burocracias para lidar. É muita responsabilidade”.

Trabalhar com um game voltado para mulheres como “Hello Kitty online” é um pouco mais fácil. “Os jogadores são bastante tranquilos de trabalhar”, explica. “Mas sempre tem alguém que entra para zoar o game, dizendo que é para meninas. Mas, na maioria das vezes, a solução é pacífica. Nunca tive um caso que deu muito problema”.

De acordo com a game master, os jogadores gostam de saber que estão com uma “policial” mulher no controle. “Eles dão cantadas, mas tratam bem as mulheres”. Mesmo assim, ela acredita que é melhor trabalhar com homens do que com mulheres. “Trabalho em um turno no qual sou a única mulher. Eles são mais tranquilos para trabalhar”.

Náira diz que as mulheres têm que gostar muito de games para trabalhar na área e que vale a pena, mas é trabalho. “Vale a pena, mas não é brincadeira”.

Náira diz que prefere trabalhar com homens. 'Eles são mais tranquilos'. (Foto: Divulgação) 

Do G1 Com edições do Megabyte GT 



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