domingo, 7 de março de 2010

[Especial dia das mulheres Pt 2] Fãs de videogame, mulheres se destacam na indústria de games

:Especial:
Dia internacional da Mulher (que gosta de games)
Parte 2

Fãs de videogame, mulheres se destacam na indústria de games 

Algumas destas meninas que cresceram na frente do console ou do computador trabalham atualmente na indústria de desenvolvimento de games do Brasil. E, em um mercado profissional dominado por homens, elas se destacam por ter mais atenção aos detalhes e também ter mais paciência para cuidar da produção dos jogos. 

A paulista Suzana Bueno, de 23 anos, joga videogame desde que era criança. “Eu não tinha console em casa, mas jogava na casa dos vizinhos”, conta. “Quando meu pai comprou um computador, ele dizia que era importante para a educação, mas eu só jogava games nele”. 

Suzana Bueno é analista de controle de qualidade de games. (Foto: Arquivo Pessoal)


O “vício”, e o conhecimento, por games permitiram que a jovem escrevesse para as principais revistas especializadas de videogames do Brasil. “Eu escrevia análises e reportagens. Hoje, continuo escrevendo sobre jogos em blogs”, explica. “Com esses trabalhos, fiz contatos importantes na área e surgiu a oportunidade de fazer estágio na [produtora] Tectoy Digital”. 

Com o estágio o final de 2007, Suzana começou a trabalhar no controle de qualidade dos títulos desenvolvidos pela produtora localizada em Campinas, no interior de São Paulo. Atualmente, ela foi contratada pela empresa. “Aumentam as responsabilidades, pois tenho que coordenar equipes e lidar com pessoas” afirma.

Em seu trabalho como analista de controle de qualidade, Suzana tem que achar “bugs”, que nada mais são do que defeitos presentes nos games, antes que do lançamento. “Pego os jogos que estão em desenvolvimento e faço uma análise completa”, afirma. “Procuro por erros, tento mudar a interface dos menus focando no público que comprará o produto e vejo o que precisa melhorar”. Ela também coordena testes dos games com pessoas para tentar pegar a reação delas ao jogar. Dependendo do resultado, ela informa os produtores que fazem os ajustes necessários no produto. “Basicamente, o que fazemos é melhorar o jogo”.

Mesmo sendo uma profissão invejada pela maioria dos gamers, já que Suzana pode jogar os games muito antes de chegar às lojas, o trabalho é desgastante. “É um trabalho bastante repetitivo em certos momentos”, explica. “Caso eu encontre um bug, preciso tentar repetir a ação diversas vezes para confirmar a existência dele”. O desafio de um analista do controle de qualidade, contudo, é saber “reclamar construtivamente”, ou, nas palavras da jovem, “saber analisar o jogo para tentar melhorá-lo”.

Segundo a analista, por estar trabalhando em um mercado com a maioria absoluta de homens, sempre rola um assédio. “Geralmente, a menina que gosta de games já está acostumada com os olhares masculinos”, afirma. Dos 55 funcionários que a Tectoy Digital possui, de acordo com Suzana, apenas cinco são mulheres. Ela acredita que a mulher é mais detalhista e que isso pode ajudar no seu trabalho, mas que os homens também podem ser. “Basta estudar, treinar e se esforçar”, conta.

Suzana aconselha mulheres que querem trabalhar no mercado de games, dizendo que, em primeiro lugar, não é preciso ter medo dos homens. “Eles não mordem, mesmo sendo nerds. Eles são amigos”, afirma. Capacidade, toda a mulher tem.

Fonte: G1, com edições do MegaByte GT

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